2017.........................................
Notas
a guisa de ata do Sarau Literocultural “FIC 30 SEMAP” realizado na noite do sábado,
25 de novembro de 2017, no auditório da Sociedade de Estudos Espíritas
Esperancense/SEEE. Encontro de artistas e apreciadores das artes, organizado pelo
Fórum Independente de Cultura/FIC de Esperança/PB.
I – DO INÍCIO E DO INTERVALO
Embora
já anotado como ponto de cultura na cidade, o FIC continua informal. A
realização de saraus iniciada em abril de 2014 entrou em pausa desde 20 de
Novembro de 2016, após o Sarau Inaugural da Associação Afro-cultural Quero Mais/AAQM.
II – DAS PRESENÇAS
Depois
de ser lembrado por alguns dos frequentadores, bem como pelos apoiadores
ausentes, este ano registra apenas esse Literocultural, no qual contou com as
presenças de Bruno Gaudêncio e família, Luiz Carlos Enjel da Silva Costa, Pedro
Paulo da Costa Filho, Vanderlan Alves Venâncio e família, Ismaell “O Bardo” Filipe
e grande representação da Quero Mais (AAQM), de trabalhadores da instituição
acolhedora e visitantes.
III – DA ABERTURA
Organizadores,
Evaldo Brasil e Rau Ferreira montaram a primeira parte do encontro, abrindo as
inscrições para apresentação dos presentes. Depois de deixar seguir uma
transmissão pelo Facebook, Brasil deu boas vindas, fazendo pequeno histórico da
movimentação do FIC ao longo do triênio 2014-2016, contextualizando a causa no
cenário de iniciativas que de tempos em tempos ocorre na cidade. Ferreira
arrematou, dando conta do registro do FIC na Rede Cultura Viva/MinC (www.culturaviva.gov.br)
atestada, dentre outros documentos, por declaração da AAQM, afirmando a
importância das parcerias para os saraus. Pedro Paulo, pela SEEE, colocou o
auditório da instituição à disposição para iniciativas de natureza cultural,
depois de relatar que adotou Esperança, a ama, mas não entente como uma cidade
menor, Cuité, onde nascera, pôde conseguir manter um teatro e conquistar um
campus universitário antes de nossa cidade, apelando ainda para redobrarmos
esforços para que a iniciativa permaneça.
IV – DA PARTICIPAÇÃO DE FERREIRA
Ferreira
abriu as apresentações artísticas agradecendo o apoio de Bruno Gaudêncio para
que hoje estivesse ocupando uma cadeira na Academia Campinense de Letras/ACL.
Historiou parte da vida de Silvino Olavo, apresentando o soneto “O Meu Palhaço”,
seguida de comentários. Disse também “Poema em Claro-Escuro”, poema inaugural
de página literária do jornal A União, à época áurea do poeta esperancense do
qual é biógrafo e de quem conquistara recentemente para Esperança a cadeira 35
da ACL.
V – DA PARTICIPAÇÃO DE CARLOS
ENJEL
Em
seguida, feitas as honras pelo confrade Rau Ferreira, assistiu-se a uma
aula-espetáculo, apresentada pelo artista plástico Luiz Carlos Enjel, que fez
seu histórico, comentou suas técnicas e fazeres e citou suas referências, a
partir de um autorretrato em grafite e de uma marina em pastel seco, expostos
no sarau. Como professor de artes em Campina Grande, denunciou o pouco caso com
a legislação que regula o ensino das artes nas escolas.
VI – DA PARTICIPAÇÃO DE BRASIL
Evaldo
Brasil chamando à reflexão do quanto é difícil fazer arte, historiando sua
passagem pelo desenho e pela pintura, registra homenagem aos ex-professores
Saulo Ais e Antonio Labas (in memoriam). Depois de dizer seu cordel “Se essa
rua fosse minha” (C49-001), dialoga com Rau Ferreira/Silvino Olavo ao dizer o
poema “E um poeta se faz palhaço no circo louco da vida” (C49-038).
VII – DA PARTICIPAÇÃO DE GAUDÊNCIO
Parceiro
de Ferreira na ACL, Bruno Gaudêncio se apresenta, felicita Esperança pela
iniciativa do FIC, fala de sua obra, expondo parte dela na ocasião; em seguida
cita quatro dos seus poemas inéditos: “Êxodo Esôfago”, “Guerra do amor
histórico”, “Gramatura do Som” e “Bahiuno” homenagem ao cantor cearense
Belchior.
VIII – DA PARTICIPAÇÃO DE PEDRO PAULO
Pedro
Paulo, revisitando suas memórias de infância, falou dos velhos cordelistas,
lembrando que até na Sourbone, há depósito desse material relevante da nossa
cultura, para falar de Dedé e Toinho da Mulatinha, da cultura esquecida e
desprestígio local. Disse ainda Zé Limeira, o poeta do absurdo.
IX – DO INTERVALO E CONFRATERNIZAÇÃO
A
confraternização foi regada a torta, salgados e espetinho de frutas,
refrigerante e água mineral, dispostos em mesa farta por Vera Motta, momento de
alimentar o corpo. Feita a foto oficial, as apresentações continuaram com o
bardo Ismaell Filipe, que recitou “Senhora do Bom Conselho”, escrito no dia
anterior, especialmente para ocasião.
X – DA PARTICIPAÇÃO DA QUERO MAIS
Adolescentes
acompanhados pela AAQM, sob a coordenação de ativista cultural Marquinhos
Pintor, fizeram duas performances de dança, sendo a segundo uma apresentação
individual, pelo garoto Mikael. Às 22h o encontro foi dado por encerrado,
prosseguindo em conversas fraternas, troca de trabalhos e encomendas, entre os
adultos que permaneceram no local.
XI – DA PARTICIPAÇAO DE ISMAELL FILIPE
Pesquisador
da história da Paróquia de Esperança, estando a digitalizar, pelo curso de
História seu acervo, o acadêmico Ismaell “O Bardo” Filipe apresentou poema
alusivo “A Capela de Nossa Senhora do Bom Conselho”, depois de breve
apresentação pessoal.
XII – DA REFLEXÃO DE FERREIRA
“Maior
que imaginava, menor do que podia ser!”, comentou Brasil a despeito do Sarau. De
fato, cultura seria um produto para poucos – como defendera Gaudêncio. Na alma
insensível de alguns, ainda repousa a ignorância por estar ali, sob os fluídos
imagéticos do saber. Mas “quem sabe faz a hora”, já dizia o paraibano Vandré,
“não espera acontecer”.
XIII – DOS PRESENTES GANHOS
“Fizemos
a nossa parte. Apesar dos inúmeros convites lançados em redes sociais e pelas
ondas da Ban FM, ganhamos nós presentes, perderam alguns, pela ausência.
Deixaram de ouvir Gaudêncio e seus poemas, alguns deles já publicados em
Portugal. Autor de mais de treze livros, dos quais trouxe a Esperança alguns
exemplares, adquiridos prontamente. Professor substituto da cadeira de História,
o jovem imortal da ACL esteve acompanhado da filha Clarice e da esposa Thuca
Kércia. A pequena muitas vezes roubou a cena, enquanto o pai perfilava seus poemas
inéditos”. Livros e cordéis continuam sua caminhada desde então.
XIV – DA CONDUÇÃO E DE AVALIAÇÕES
“Tudo muito bom”, comentou Alexandra Dias, que
através da GVA distribuiu confeitos bala aos convivas, adoçando aquela noite de
agradável companhia. Idas e vindas, estávamos nós, Eu/Evaldo/Pedro, a assumir a
condução dos trabalhos, enquanto alguém nos assistia pela “live” transmitida na
ocasião por uma espelhada rede social. “Joinhas de lá, comentários acolá”
lembra Rau Ferreira.