14AGO09 do Os atos secretos do Senado Federal, desvendados em parte, revelam que os príncipes da nação estão nus. Os senadores, herdeiros das benesses da monarquia, na implantação da república, estão na crista da onda da execração pública. Nunca a apropriação do Estado brasileiro esteve tão exposta. Nem mesmo no já quase esquecido episódio do Mensalão.
Na primeira eleição do presidente Lula, que medo era aquele que as elites políticas tentaram transferir para a população? Certamente não era medo de um sindicalista histórico, barbudo e rouco pelo permanente grito em defesa dos trabalhadores. Não era medo dos esquecidos comunistas, apresentados como papa-figos. O medo, a bem da verdade, era de que seus segredos mais íntimos viessem à tona.
Houve quem tentasse se aliar à tendência social-trabalhista, iniciada no governo FHC e que vem se consolidando no governo lula. Os sem história de oposição mudaram até de nome.
Se por um lado as mudanças são lentas e gradativas, os escândalos se sucedem. Se por outro lado o país vive a melhor fase da sua história, para os historicamente menos favorecidos, as velhas raposas se reinventam e estão à espreita, ou na periferia do poder, comendo pelas beiras.
Um ex-prefeito de Esperança, certa feita dizia que muitos segredos devem ir para o túmulo...
A esperança venceu o medo, mas muitos segredos a esperam temerosos.
PS.: Me espanta agora, 20/08/09, que o governo comandado pelo cara da cara de lobo, que se mostrou cordeiro, agora proteja os velhos lobos do mar. Eu não fiz essa opção.
É de conhecimento geral que os chamados cargos de confiança são, como a própria denominação demonstra, para serem ocupados por aliados da inteira confiança dos Homens do Estado. No entanto, enquadrar um auxiliar de serviços básicos nessa condição é no mínimo tratar a população por ignorante e ignorar a opinião pública.
Podemos Ler como contratação de cabo eleitoral, ou como compra antecipada de votos, quando Homens do Estado se Afirmam no direito de nomear pessoas para ocupar o lugar de outras no serviço público básico. Eles ignoram a recomendação do Tribunal de contas para a realização de concurso público para substituição legal.
O Estado dos Homens envolvidos nesse trem da tristeza de uns e da falsa alegria de outros é de se lamentar. Por um lado, há pais e filhos de famílias que se vendem ou se deixam comprar pelos vendilhões dos palácios. Por outro lado, há pais e filhos de famílias que se deixam levar pela temporária ilusão de poder. Mas eles não podem esconder o mal-estar de se trancar nos seus palacetes e só circular protegidos no fumê.
Aprisionados na teia de aranha em que se constitui o Estado, diga-se, governos municipais, estaduais e federal, os homens do Estado armam sua teia e, como moscas, muita gente se prende nessa trama.
Por ocasião da passagem de governo, aqui em Esperança, o então prefeito municipal, João Delfino, cumpriu a lei. Mais de cem servidores de cargos comissionados foram destituídos ou exonerados. Agora, depois de tomar posse por força da lei, atendendo a trama dos homens do poder, o governo José Maranhão, vem substituindo servidores de funções básicas.
Substituídos e substitutos, senão cabos eleitorais por antecipação, parecem moscas presas na teia do poder de homens que alimentam ódio e rancor para se manterem Homens do Estado em detrimento do Estado de tantos outros Homens e mulheres, que perdem sua única fonte de renda.
Vez por outra a notícia de morte de usuários de motos ocupa o obituário dos jornais, quando não, a página policial. Vez por outra, vemos pela cidade um usuário de cavalo como meio de transporte, não raro, demonstrando evidente estado de embriaguês. Para eles, não há teste de bafômetro. Raras vezes, vemos um jumento transportando alguém. Quando o vemos na cidade, serve ao transporte de pequenas cargas.
Semana passada (primeira de agosto), uma morte, há algum tempo o popular Zezão quase perde a vida. Animais nas estradas, irracionais no lugar errado. Seus donos, nunca se sabe. Humanos na hora errada. Seus destinos, nunca se sabe.
Agricultores, financiados ou não pelo governo, substituíram a montaria por motocicletas. Mototaxistas circulam sem qualquer controle. Se a moto, hoje, é fonte de renda, os riscos aumentam em igual proporção. Assalto à mão armada, fugas alucinadas, rachas e acidentes.
Em Areal, autoridade lamenta a ação dos bandidos nas estradas vacinais. Em Esperança, frequentemente noticiamos crimes sobre duas rodas ou por conta delas. Em toda a região, de estupro a homicídio culposo, passando por tiroteios.
Bons tempos aqueles em que um burrinho conduziu o Messias. Bons tempos aqueles em que se podia usar e lavar a égua sem causar perigo nem se por em perigo. Eram tempos de muitos burros, e alguns cavalos quando a conta custo-benefício dos motores da vida moderna não precisava ser refeita.
Em sessão que durou cerca de duas horas, a Câmara Municipal de Esperança aprovou na noite de terça, 31, por 5 votos a 3, o Projeto de Lei Nº 03 de 26 de Março de 2009, que autoriza o Poder Executivo a contratar operação de crédito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social/BNDS, no âmbito do Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos/PMAT.
O Programa visa melhorias na infra-estrutura e informatização do serviço público municipal, o que irá proporcionar um atendimento mais eficiente e eficaz, menos burocratizado e, o mais importante, uma economia da ordem de 30% nos gastos com a máquina administrativa.
O projeto envolve recursos da ordem de R$ 530.000,00 e será voltado para os setores básicos de Educação, Saúde e Assistência Social, além da modernização nas dependências da Prefeitura Municipal.
Durante a sessão, técnicos de João Pesssoa apresentaram a todo o plenário a proposta do projeto em votação, através da data show, de forma transparente e de fácil entendimento. Mesmo assim, segundo a bancada de situação, os vereadores da oposição, José Adeilton (Amazam), Evandro Alves e Anselmo Vieira, teriam tentado obstruir a votação, se negando a aprovar o projeto.
O Prefeito Nobinho falou a todos, mostrando sua indignação com o posicionamento dos vereadores de oposição, dizendo que "eles realmente não mereciam o voto dado pelos eleitores, uma vez que não queriam o desenvolvimento de Esperança".
Na oportunidade, disse ainda, que está "casado" com Esperança, "na alegria e tristeza, saúde e doença" e que vai "lutar com todas as forças por uma Esperança de Justiça e desenvolvimento. Na gestão Nobinho, Esperança vai ter uma cara nova. Uma Esperança com a cara dos que amam de verdade a cidade", finalizou.
Ruas enfeitadas, marchinhas carnavalescas, blocos, charangas e trios elétricos marcaram o “Carnaval de Todos”, promovido pela Prefeitura Municipal de Esperança, durante o período de quatro dias. A participação popular foi decisiva para a alegria da Festa de Momo.
A folia começou no sábado à noite, com um arrastão pelas principais ruas da cidade, sob o comando da Banda Tribala. No dia seguinte, foi a vez da irreverência do Bloco das Lias (homens vestidos com roupas femininas e vice-versa) e que terminou com um banho coletivo (chuveirão) na Praça da Cultura. E quando a tarde chegou, as escolas de samba invadiram a avenida Manoel Rodrigues e reviveram o carnaval tradição do município. Apesar da chuva, nenhum folião deixou de seguir atrás do trio elétrico em mais uma noite de arrastão, desta vez com a Banda Estação da Luz.
Segurança - O esquema de segurança montado pela Prefeitura Municipal deu o clima de tranqüilidade. Dezenas de policiais em viaturas garantiram a segurança durante todo o período e permitiu que as famílias esperancenses, principalmente, que há anos se ressentiam de suas participações nessas festas, voltassem a brincar. E como a programação estava recheada de atrações para todos os gostos, homens, mulheres e crianças brincaram nos blocos dos papangús, ala-ursas, índios, escolas de sambas, crianças e Foliões da Educação.
Um outro bloco que atraiu a atenção de muita gente foi o da Feliz Cidade, que este ano arrecadou mais de três toneladas de alimentos para distribuição com instituições de caridade do município. Ao todo foram confeccionadas 2.500 camisas e trocadas por alimentos não perecíveis. O bloco fechou a programação do carnaval de Esperança, promovendo um arrastão com a banda Nagibe.
Acorde – Este ano, a Secretaria de Eventos do município resolveu investir pesado na retomada da cultura do carnaval da cidade, a partir do momento que criou o Acorde Esperança. Nas madrugadas, músicos e cantores invadiram as ruas para convidar os moradores a se reencontrarem com o melhor da música carnavalesca, numa alusão a época das marchinhas. A população correspondeu ao chamamento, abriu as portas, deu as boas vindas às tradições e aplaudiu os artistas. Um outro momento vivido pela população, neste Carnaval de Todos, foi a realização do Baile à Fantasia, no dia 14, nas dependências do Centro Artístico Operário e Beneficente de Esperança/CAOBE.
Saúde - Trabalhar a conscientização junto ao folião também fez parte do cronograma elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde, com a distribuição de folhetos informativos e camisinhas, como forma de chamar a atenção dos foliões para os riscos das doenças sexualmente transmissíveis. Todas as sedes de blocos receberam a visita dos agentes de saúde."
*http://www.virgulino.com/admin/modules/noticia/?id=52066 acessado em 28/02/09 às 19:30.
Começa oficialmente hoje, a partir das 14h, o Carnaval de Esperança. A Secretaria de Ação Social promove o Baile da Terceira Idade, tendo como atração a Orquestra Esperancense de Frevo. De acordo com a secretária Elizabeth Costa, o trabalho da sua pasta começa com os idosos e deve, gradativamente, atender todos os públicos previstos na LOAS, Lei Orgânica de Assistência Social.
Amanhã, a partir das 9h, é a vez da Saúde. O PSF Bela Vista promove o Carnaval da 3ª Idade da comunidade do Bairro Beleza dos Campos. No mesmo horário, o Centro de Apoio Psicossocial juntamente com a APAE e a casa de amparo Nosso Lar, saem em desfile pelas ruas da cidade, da sede do CAPS, bairro Nova Esperança, fazendo especialmente o percurso até o Corredor da Folia, centro, encerrando no Ginásio Poliesportivo “O Arlindão”, no bairro Belo Jardim, onde os foliões fazem um lanche antes de retornarem às suas casas.
PROGRAMAÇÃO - A Prefeitura de Esperança, através da Secretaria de Comunicação, Eventos e Turismo definiu, no final da tarde de ontem, a programação do Carnaval 2009. Pautada na retomada dos velhos carnavais, tem como atração principal duas orquestras de frevo, a Esperancense e a Estação da Luz. Elas vão animar todos os dias dos festejos de Momo, priorizando o estilo mais próximo da nossa região, o pernambucano.
Três escolas de samba devem desfilar pelas ruas da cidade, especialmente no Corredor da Folia, a Avenida Manoel Rodrigues. Os Pequeninos do Ritmo, a Baixada Jovem e a Última Hora serão a principal atração local, além de charangas, tribos e uma centena de turmas de foliões.
Também haverá a participação das bandas Nagibe, Tribala e Lokomotiva, que fazem o estilo baiano. Apesar de priorizar o resgate de um carnaval tradicional, não tinha sentido eliminar o estilo baiano que se consolidou no país, principalmente nos carnavais fora de época, asseguram os organizadores.
Todos os dias haverá o tradicional banho na praça e a programação terá início às 14:00, encerrando à meia-noite, como medida preventiva. No corredor da folia, além da decoração, estão se instalando barracas padronizadas para os vendedores ambulantes e barraqueiros, evitando a circulação de carroças no meio dos foliões.
Desde janeiro as "Laúças" fazem a festa pelas ruas, principalmente as turmas organizadas por crianças. No último sábado, o Rotary Club, em parceria com a prefeitura, promoveu seu I Baile à Fantasia (www.qbalada.com), reunindo foliões que há muito não brincavam o carnaval na cidade. No domingo, a Comunidade São Francisco viveu o Segundo Concurso de Ala-ursas, onde as baterias das três escolas de samba de Esperança se encontraram trazendo animação e representantes para disputar os troféus da premiação, promovida pelos brincantes da Baixada Jovem.
CARNAVAL DE TODOS
Programação
PRÉVIAS CARNAVALESCAS
SÁBADO, 14: 22:00 Baile à Fantasia do Rotary Club, no CAOBE
DOMINGO, 15: 16:00 II Concurso de Laúça da Baixada Jovem, Comunidade São Francisco
QUARTA, 18: 14:00 Baile da Terceira Idade, CAOBE
QUINTA, 19: 09:00 Carnaval da Terceira Idade do PSF-Bela Vista, Bairro Beleza dos Campos; Desfile dos assistidos e profissionais do CAPS, APAE e Nosso Lar.
CARNAVAL
SÁBADO, 21
04:00 Bloco Zé Pereira
12:00 Papangus nas ruas – Divulgação: Panfletagem
19:00 Entrega da Decoração: Prefeito Nóbson Pedro de Almeida
20:00 Arrastão com a Banda Tribala
DOMINGO, 22
03:30 Acorde Esperança (Violões na Folia)
09:00 Bloco das Lias (Tipo Virgens)
14:00 Desfile de Blocos, Mela-Mela e Papangus; Foliões da Educação (500 camisetas) e Orquestra Esperancense de Frevo
19:00 Arrastão
SEGUNDA, 23
03:30 Acorde Esperança (Violões na Folia)
14:00 Desfile de Blocos, Mela-Mela e Papangus; Crianfolia (Crianças de Burrinhas, Pierrots e Colombinas), Orquestra Esperancense de Frevo
19:00 Arrastão
TERÇA, 23
03:30 Acorde Esperança (Violões na Folia)
14:00 Desfile de Blocos, Mela-Mela e Papangus; Orquestra Esperancense de Frevo
19:00 Arrastão: Bloco da Feliz-Cidade (2.500 camisetas e Reunião de Todos os Blocos)
23:00 Orquestra Estação da Luz no Frevo
ATRAÇÕES
Bandas Lokomotiva, Nagibe e Tribala; GRESs Baixada Jovem, Pequeninos do Ritmo e GRES Última Hora; Orquestras Esperancense de Frevo e Estação da Luz no Frevo.
Obs: Como ação preventiva, todas as noites de festa devem encerrar à meia-noite
(Cumprirei tudo que é regra perante meu amor-próprio)
...
21JAN Depois de ser efetivado por concurso público, com a vitória da coligação pela qual fui candidato, refletimos sobre participação na gestão ou ser apenas servidor público.
ACERVO: Família. REPRODUÇÃO: Jovino Brandão. TRATO: Evaldo Brasil.
Por Evaldo Brasil** - *“Esperança foi grande quando pequena”. Esta afirmação atribuída a Silvino Olavo pelo professor Nino Pereira vem a calhar para falar dos aspectos culturais de Esperança. Como a grande maioria das cidades brasileiras, não tem e nunca teve um plano de ação cultural. Portanto, circularemos entre o pouco que temos e o que já tivemos, passeando nos campos da história e da saudade.
................................................
...
2007 Mensário Oficial Nº 395, Capa, Fevereiro.
SEÇÃO I | ATOS DO PODER EXECUTIVO | NOTÍCIAS
O teatro mantém uma relação íntima com a escola, onde participar de um “drama” organizado pela professora foi motivo de orgulho, principalmente se for em grupo de catequese, montando peças bíblicas, caso em que preconceitos não vêm à tona. Por isso, hoje, a “Paixão de Cristo”. Mas, a professora areiense Donatila Lemos de Melo, por volta de 1953, deu os primeiros passos na dramaturgia local. Ela selecionava entre alunos os mais desenvoltos, de melhor dicção e expressividade para, com eles, montar textos dela. Normalmente de caráter didático-instrutivo, prezava pela evocação dos tipos brasileiros. A exemplo das peças “Os Livros”, “A Princesa Herdeira” e “As Estações do Ano”, cujo principal palco foi o Cine São Francisco, o cinema de Seu Titico. Hoje, a paixão é no Campestre.
Outra professora, Hosana Lopes Martins, foi responsável por momentos marcantes e apresentações nas cidades vizinhas. Suas peças, quase sempre, tinham como pano de fundo passagens bíblicas, quando mais distantes ainda tratavam na temática religiosa, como a “Aparição de Na. Sra. de Fátima”, trabalhando mensagens altruístas. Das diversas turmas de “pequenas estrelas de Dona Hosana” podemos citar: Ângela Souto, Benigna Consolato, Dalvina Ferreira, Elba, Magna e Norma Coelho, Fátima e Paula Fracinete Meira, Herbert Spencer, José R. F. Filho (Zezito), Lourdinha Mateus, Lúcia Luna, Moema Nóbrega, Rosany Araes, Socorro Acioli e Socorro Pequeno.
................................................
...
1981 Registro colorizado artificialmente dos ensaios do SHAFMAC.
ACERVO: Ziu Cavalcanti. TRATO: Evaldo Brasil.
Entre 75 e 83 a professora Doracy Araújo realizava esquetes em sala de aula, o que virou moda, permitindo o surgimento de pelo menos dois grupos na cidade: SHAFMAC e Grutames, Grupo de Teatro Amador de Esperança. Deste, a primeira montagem foi “A Prostituta”, de Jacinto Barbosa. Composto por Gorete Delgado José Wanderlei e outros estudantes do Colégio Estadual. Eles assumiram a responsabilidade de tocar adiante a dramaturgia local, conquistando prêmios, por oito anos. O grupo montou “Elvira Deixou Lembrança” e “Agouro de um Retirante”, também de Jacintão; “A Cena Está Pronta”, de Clóvis Batista; e “O Grito”, de Adjalmir Alves Rocha.
Em 1977 “Agouro de um Retirante” foi premiada pela Sec. de Estado da Edu. e Cultura. Seis anos depois, se apresenta na gincana “Descubra a Paraíba”, conquistando primeiros lugares nas fases eliminatórias, vencendo a final em João Pessoa. A peça era “Agouro…”, revista e renomeada “Cinco Anos de Seca e Uma Paixão”, cuja remontagem tinha no elenco Ritalice T. Ribeiro, Zélia Pessoa, Roberto Cardoso e Manoel Freire.
O SHAFMAC, trupe fundada em 12 de março de 77, tendo em seu nome as iniciais dos componentes Socorro, Hildemar, Albanete, Felipe, Manoel Cleonides e Adalberto Cavalcante, parceiro do artesão Felipe Guerra na autoria de “Escravos do Ódio” e “Fúria de um Deus”. O açude de Samuel foi palco de ensaios e cenário para fotografias.
Apesar das iniciativas, a cidade ainda não possui um espaço adequado para os eventos teatrais. Tais grupos já não existem. A antiga Biblioteca Pública, anunciada como Centro Cultural no livreto de conclusão do segundo mandato de Luiz Martins (73/76), não possuía tal espaço, nem mesmo hoje renomeada “Centro Cultural e Biblioteca”. Os grupos ensaiavam nos auditórios do Ginásio Diocesano, do antigo Salão Paroquial, nas casas de seus membros ou ao ar livre.
................................................
...
1990 Registrada em março, essa era a placa inaugural do Centro Cultural de Esperança, espaço ocupado pela Câmara Municipal.
FOTO&TRATO: Evaldo Brasil.
Em 09 de julho de 85, surge novo grupo, o “Panela de Barro”. Tinha o auditório do CSU à disposição, mas só conseguiu, durante três meses, ensaiar a peça “Essa Mulher é Minha”, de Raimundo Magalhães Júnior. Contudo, se sobressairia como Tupiniquim, no teatro de bonecos. Neste caso, os primeiros registros dão conta da atuação dos irmãos Idelfonso Clementino, Abdias e Francisco Raimundo de Lima. Em 68, o grupo ganha a participação dos filhos de Abdias Francisco Ferreira e Terezinha de Jesus F. de Lima. Em 83, na Gincana Cultura Descubra a Paraíba, depois de vencer as fases eliminatórias, obteve o primeiro lugar, em João Pessoa.
Os irmãos Claudionor e Laércio Vital Pereira, após o primeiro adquirir os mamulengos de “Seu Benedito”, passam a apresentar em casa, contando com a família e amigos para botar boneco, e mais tarde, ganhariam ruas e sítios do município, sob a denominação Grupo de Teatro de Bonecos Tupiniquim. Nos anos oitenta, seja em trabalhos de formação política, pastoral ou do Projeto Rondon na cidade, atuaram de forma engajada, incomodando os dirigentes políticos da cidade. Desse período, frutificou em participações na formação de professores promovida pela UEPB, bem como na realização de oficinas de confecção de fantoches e apresentações em Picuí, Nova Palmeira, Lagoa Seca, dentre outras. Além dos irmãos, Nicola, João do PT e Mércio Araújo se engajam gradativamente.
A partir da segunda metade dos anos 80, com a presença de esperancenses nas turmas de teatro do Dart/UFPB, o teatro local se transforma em movimento. Em 88, alunos de Eneida Agra Maracajá e outros artistas, a exemplo do empresário de circense, Ziu Cavalcanti, do antigo SHAFMAC, realizam a Semana de Arte Popular (I Semap), em junho, como pré-abertura da extensão do Festival de Inverno de Campina Grande a se realizar na cidade. A expansão do festival permanece por alguns anos, até 93, quando a relação com os poderes públicos se tornaram impraticáveis. Contudo, foram oportunidade para a cidade receber até atração internacional e nacional, como o argentino Dorrego (teatro), o baiano Salto e o paulista Cisne Negro (dança).
..............................................
...
1988 Cena do espetáculo Pedidos de Casamento, apresentado pelo Grupo de Teatro Apocalipse, no Colégio Estadual, em 06/08/88.
FOTO: Divulgação. TRATO: Evaldo Brasil. AUTOR: Altimar Pimentel.
Hoje, as performances são a marca do teatro em Esperança. Jirimum & Xiquexique, Macambira & Querindina e os “filhos e netos” dessa dupla, além de palhaços como Gasparzinho e Faísca Jackson.
Na música, vários artistas fazem barzinho. No artesanato, as Amigas do Lar, a Casa do Artesão e a escola vinculada à UFPB permanecem na caminhada. A Casa da boneca, de Riacho Fundo, bem como o Sisal, de Massabielle ainda não receberam o apoio e notoriedade que, se não ocorrer, os levará à condição dos outros: eterno estado de amadores. E como tudo que é eterno, não tem fim e o começo parece apagado de propósito.
*Publicado em parte na Revista Comercial de Esperança, Ano V, Dezembro 08.
**O autor foi ator neste cenário (Panela de Barro, Tupiniquim, Semap etc.)
SAIBA MAIS
CULTURA: Cultura, palavra de origem latina, está definida pelo dicionarista Aurélio Buarque de Holanda por pelo menos 15 ideias. Mas, a partir da nossa compreensão, considerando o propósito temático desta publicação, selecionamos os itens que se relacionam. No 5, é “o conjunto de características humanas que não são inatas, e que se criam e se preservam ou aprimoram através da comunicação e cooperação entre indivíduos em sociedade”; e 6, que a define como “a parte ou o aspecto da vida coletiva, relacionados à produção e transmissão de conhecimentos, à criação intelectual e artística etc.” Sugiro ainda, a verificação dos itens 7 a 12.
ORATÓRIA: Temos e tivemos contadores de história. Alguns deles estão registrados em livros sobre o município, como Francisco Rodrigues dos Santos, Francisco da Costa Braga e Maria Luiza da Conceição, além de Chico de Pitiu, Arlindo Delgado, Nino Pereira, José Régis e José Torres. Atualmente, pelo trabalho de pesquisa de alguns e pela vivência de outros, destacam-se as figuras de Vicente Simão, Pedro Feliciano, Luiz Martins, Jacinto Barbosa, João de Deus Melo, Odaildo Taveira, Hilda Batista e Inacinha Celestino. Todos aptos a contar nossa história, dando ares de pura arte.
CARNAVAL: Essa festa é ensaio-performance, teatro de rua. Bom Porque Pode, 1927, de “Seu Tochico”, reunia operários da indústria sapateira da época. Bumba-Meu-Boi, 1962, com 150 integrantes, de João Marcolino. Seus remanescentes fazem o Arrasta Tudo, talvez o mais autêntico dos blocos carnavalescos da atualidade, também é o mais pobre e mais criativo. Os Índios, dos anos 30, de José Luiz. Escola de Samba Última Hora, 1967, de Luziete Câmara. A Escola de Samba de Papel, 1965, foi sua origem. Grupo Suassuna de Capoeira, 1980, de Jailton Santos. Hoje deu lugar a outros.
ARQUITETURA: A cultura em Esperança também se destacaria pelo patrimônio arquitetônico, com pelo menos 20 itens, destacando-se a igreja Matriz Católica, com seus 36m desde a reforma promovida por Mons. João Honório a partir de 1938. O casarão construído por Theotonio Tertuliano da Costa, onde funcionou a Sec. Mun. de Edu. e Cultura. A Villa Santa Maria, a Caza Paroquial, as capelas, o cemitério, a Casa Grande da fazenda Bela Vista, onde vivera o poeta Silvino Olavo, a antiga sede da Cidagro, atualmente Almeida Construções; e o sobrado de Didi de Lita, na esquina da Manoel Rodrigues com a Solon de Lucena, rua onde padece uma das mais engenhosas soluções arquitetônicas da nossa cultura: a Balaustrada.
...............................................
...
2017 Secretário de Comunicação, Eventos e Turismo informa revitalização da Balaustrada, em 03/08/17.
IMAGENS: Joelmir Ribeiro, via Facebook. TRATO: e-Brasil, via YouTube.
PASTORIL: Ainda ocorre, esporadicamente, a disputa entre cordões, vermelho e azul, do pastoril, uma disputa pelo título de rainha da festa, ou mesmo pelo cordão de garçonetes que mais arrecadar recursos para as obras paroquiais. A animação, de longa data, registra até apresentações de jovens da sociedade tocando jazz, bem como a participação de Celina Coelho, Corina Cabugar, Vitória Régia, Hilda Batista e Fátima Costa, coordenando o Pastoril.
................................................
...
2018 A Iniciativa da ativista cultural Vitoriarégia Coelho mais uma vez acontece em nossa Festa da Padroeira, em 07/01/18. Depois da pré-estreia na noite de Natal, agora o registro da noite de abertura da festa, no adro da Matriz, com vistas para os Correios.
IMAGENS: Eniedja Fabiana, via Facebook. TRATO: Evaldo Brasil.
MÚSICA: A Filarmônica 1º de Dezembro, hoje denominada “Luiz Martins de Oliveira”, 25, na gestão Manoel Rodrigues, foi e é palco para destacar músicos como Basto de Tino, Zé Boneco, Severino Nicolau, Pedro Lúcio, Louro Passos, Titi Jesuino e Titico Celestino. Os de hoje, Angelo Rock, Karla Danniely, Junior d’Lima, Mitta Costa, Ronny; Sandro Show & Lima Jr e tantos outros ficam para a próxima edição.
................................................
...
2023 Com seu sax o pintor que também é músico é figura certa durante os carnavais, aqui registrado em 16/02/13.
FOTO&TRATO: Evaldo Brasil.
ARTESANATO: Desde 56, o Serviço de Extensão Rural da ANCAR, atual Emater, e a Escola de Agronomia do Nordeste, atual UFPB Areia, exerciam influência em diversas cidades, o que permitiu a implantação da Escola Doméstica em Esperança. Em 65, a escola passa e se denominar Centro Artesanal Rural Feminino/Carfe, ficando a partir de então subordinada à UFPB. Em 74 se torna NARF, em 79, se torna Oficina de Artesanato de Esperança. Em 84, a cidade passa a polarizar a região, sediando a Unidade de Supervisão Artesanal. Com o advento do Polonordeste, a Oficina passou a promover cursos especializados de acordo cm a demanda, a exemplo de Produção e Conservação de Alimentos.
FORMAÇÃO: Desde a segunda metade dos anos oitenta houve um impulso na procura dos cursos oferecidos pelo Dart, Departamento de Artes da UFPB, por parte de estudantes esperancenses, resultando no aprimoramento de alguns em desenho, pintura e escultura, havendo aqueles que enveredaram pela música, seja canto ou instrumentos, além de teatro e cinema.
................................................
...
1957 Casamento Matuto no São João de 1957, que virou cartão postal em 2005, por ocasião das comemorações dos 80 Anos de Esperança.
ACERVO: masBrasil. TRATO: Evaldo Brasil.
SÃO JOÃO: Foi e continua sendo uma grande tradição. O primeiro registro que encontramos é o poema “Noite de S. João”, publicado em 24 por Silvino Olavo. Durante muito tempo, espaços como o “Irineu Joffily”, CAOBE, Campestre e diversas escolas foram palcos de grandiosas festas e quadrilhas. Além da Festa do Coco, organizada por José Luiz, havia valsa, xote e rancheira marcando os antigos festejos, bem como as comidas típicas e queima de fogos, fogueiras e o Casamento Matuto. Tudo isso também permeando os dias de São Pedro e de Santo Antonio, das adivinhações casamenteiras. Dentre os marcadores de quadrilha destacaram-se Benício Nóbrega, Antonio Coelho, Teotônio Rocha, Matias Virgolino e Ascendino Portela. Outros nomes apareceram naquele cenário, como Ednaldo Sales e Gera, contudo, com o advento dos festejos nos moldes para turista ver, realizados em Campina Grande, a cidade passou a centralizar tudo no Arraial da Esperança, em 1989, tendo a participação de quadrilhas de outras cidades, bem como bandas musicais do chamado oxente music ou forró elétrico. Ainda tem nas bandas locais Estação da Luz, Fixação e Lu Natureza suas mais constantes atrações. Foi o fim das quadrilhas de rua. Como na Festa Padroeira, barracas instaladas nas imediações do arraial, coretos, onde a festa se dá com triângulo, zabumba, pandeiro e sanfona, acompanhados de guitarra e saxofone, caracterizam a dinâmica da aculturação e da influência da indústria cultural. Nesse espaço de efervescência artístico-cultural, surgem novos artistas, a exemplo de marcadores de quadrilha como Júlio Vanderlâneo, do Grupo Cultura de Rua B-Funk; Naldo de Zezinho e a Professora Querida. As quadrilhas voltam com os Arraiás nos Bairros, iniciados pela Ban FM, sob a direção de Luciano André e incorporado pela gestão “Trabalho com Participação", de João Delfino.
.................................................
...
2011 Patrimônio cultural da cidade, símbolo de tradição, em registro de 31/12/11.
FOTO&TRATO: Evaldo Brasil.
LAPINHAS: Os presépios montados em Esperança se destacam pela grandiosidade. Os já montados na Igreja Matriz ocupam uma área considerável, em torno de 3 metros de fundo por 6 de largura, ascendendo por cerca de 5 de altura, ocupando uma parede com um painel da cidade antiga de Belém. Inúmeros santinhos, animais, pedras e vegetais fazem a composição do cenário de nascimento do menino Jesus. Até 2007 a Prefeitura Municipal montou, no coreto da Praça da Cultura, um presépio com manequins. Contudo, o mais popular, desde 1945, é o da residência de Inacinha Celestino, onde iniciara com seus pais, Juliana Taveira e Francisco Titico Celestino. Ela é quem o prepara desde então, tendo contado com a colaboração da prima e irmã de criação Maria do Socorro até 97, quando esta faleceu. A cada ano registram-se inúmeros visitantes para ver a montagem em papel madeira, pintado com tonalidades que reproduzem as pedras que formam a gruta, onde é instalada a manjedoura. O ambiente, composto de estatuetas de animais, dos reis magos e anjos, é enriquecido com vegetação natural. Possui também lago feito de espelho e bela iluminação. O conjunto ocupa a antessala da casa e se encontra a cerca de um metro do chão, protegido por um delimitador de corrente. O leitor poderá apreciar essa tradição que fica na residência de Inacinha, na Balaustrada da Rua Solon de Lucena.Vale a pena.
NOV08 Ação Solidária em prol de Amanda é um vídeo feito na urgência da emergência dos fatos. Ela passa por problemas de saúde e daí aos financeiros. Como se manter viva diante dos custos do tratamento? Veja, mais com o coração que com olhos e ouvidos, e colabore. *Vamos colaborar, minha gente!
30NOV Outra palestra, outro poema. A fala do confrade Pedro Paulo da Costa Filho é mais uma que nos inspira, nessa que vem se tornando uma prática estimulante: produzir a partir dos eventos na SEEE.