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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Especial | Feira de Panelas | TRE

1974........................................
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SD Em local ainda não identificado, provavelmente prestes a ser calçado, a tradicional feira a céu aberto. 
FOTO: José Araújo. ACERVO: João Araújo. TRATO: Evaldo Brasil. 
2005........................................
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01DEZ Cartão Postal da série 80 Anos de Esperança. 
REALIZAÇÃO: masBrasil (Mércio Araújo e Evaldo Brasil). 
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01DEZ Verso de Cartão Postal da série 80 Anos de Esperança. 
REALIZAÇÃO: masBrasil (Mércio Araújo e Evaldo Brasil). 
2012........................................
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FEV12 A mesma rua, para comparação, onde ocorre essa *tradição regional em Esperança. 
FONTE: Google Street View. TRATO: Evaldo Brasil. 
2013........................................
10MAR Feira de Panelas na rua do Campo (Maria Bezerra), à esquerda. 
ACERVO: Jean Andrade. TRATO: Evaldo Brasil. 
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10MAR A feira por completo, em montagem de 16JUL16. 
ACERVO: Jean Andrade. TRATO: Evaldo Brasil, 
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10MAR Feira de Panelas na rua do Campo (Maria Bezerra), à direita. 
ACERVO: Jean Andrade. TRATO: Evaldo Brasil. 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Arquitetura | Casarão do 1º Prefeito | CP80*

Anos 80...................................
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SD Arquitetura última, antes de ser vendida pela família Brandão ao Banco do Brasil.
ACERVO: João de Deus Melo (Jodeme). TRATO: Evaldo Brasil.
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Sem palavras!
FOTO: Idem. TRATO: Idem.
2005........................................
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01DEZ *Cartão Postal da série 80 Anos de Esperança.
REALIZAÇÃO: masBrasil. FONTE: Esperança de Ouro, blogue.
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01DEZ Verso de Cartão Postal da série 80 Anos de Esperança.
REALIZAÇÃO: masBrasil.

Relatório | Herança Histórica | Evaldo Brasil

ATUALIZAÇÃO 2021

2015.........................................
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SD Recorte de uma das postagens na categoria Satélite
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https://www.xn--esperanareeditada-gsb.com/2015/04/lajeiro-da-capelinha-etc-esperancapb.html )

Em abril retirei da rede o blogue dedicado aos cordéis e poemas espiritualistas “iniciaiC49”. Transferi as postagens para este “evaldobrasil.blogspot.com.br”, mais antigo e tipo “geleia geral”, permitindo postagens das mais diversas. Desde então, dedico o antigo espaço virtual, renomeado “reeditadas.blogspot.com.br” à postagem/publicação de imagens relativas à Esperança, sua sede e sua Zona Rural*.

Inspirado nas exposições que participamos nos 70 anos de emancipação política do município, em 2005, onde a Caixa Econômica e o Banco do Brasil foram os locais escolhidos para a reunião de imagens da Esperança de ontem e de então; inspirado ainda na exposição dos 80 anos no Museu Temporário, e aproveitando a facilidade que as redes sociais e a net em si nos oferecem, optei por reunir imagens, ora dispersas ora não vistas, já disponíveis na rede e organizá-las da melhor forma possível.

Assim, o Google Maps é a fonte de 16 postagens, vez que hoje a resolução das imagens de satélite que disponibilizam já nos permite, em alguns pontos, recortes na escala de 20m. Daí, as postagens de 48 imagens que se seguem, publicadas desde 17 de abril, incluindo atualizações posteriores. Do total de 20 postagens, além da categoria Satélite, há Curiosidade (2), Registro (1) e Logradouros (1).

POSTAGENS DISPONÍVEL
Aniversário do Sarau (2015-Evaldo Brasil, Montagem)
Arredores do Benefício (2014)
Assentamento Bela Vista (2012)
Assentamento Cícero Romana (2014)
Barragem Araçagi (2014 e 2015)
Campo da Rodoviária 1 (2008-Desconhecido, 2013-2014-2015-Evaldo Brasil)
Distrito de Massabielle (2014)
Distrito do Pintado (2008-Evaldo Brasil, 2014)
IFPB (2014 e 2015)
III Comed (2015-Evaldo Brasil e Emerson Santos-Secom/PME)
Lagoa de Pedra (2014)
Lajeiro da Capelinha etc. (1971 ou 81-Sargento Oswaldo, 2010-Secom/PME, 2012 e 2015)
Logradouro e Bananeira (2014)
Região de Capeba (2015)
Região de Carrasco (2012)
São Marcos e Rogaciano (2014)
Serrote dos Cocos (2014)
Um peixe fora d'água (2015-Evaldo Brasil)
Usina de Lixo (2012 e 2014)
Vila Olímpica (2010, 2012, 2014 e 2015)

*Em 2020 passamos ao domínio Esperança Reeditada, com os três blogues unificados (.com). A partir de então a quantidade de postagens e títulos, bem como a possibilidade de redefinição de datas alterou os números acima.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Biografia | Seu Titico Centenário | OEE*

TRATO 2023

1963........................................
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22SET Nos preparativos do Desfile da Primavera, quando a concentração era no Campo do América (colorizada via MyHeritage).
ACERVO: Inacinha Celestino. TRATO: Evaldo Brasil
1991/95...................................
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SD Bonifácio Batista e Francisco Celestino, em caricaturas que ilustraram matéria d'A Folha sobre a realização de uma seresta na cidade e comemorações dos 70 Anos de Esperança, via Jornal Estudantil Novo Tempo. 
ACERVO: Jornal Estudantil Novo Tempo. CARICATURAS: Vavá 91/Evaldo 95

2005........................................

Orgulho e exemplo de esperancense

Por Evaldo Brasil - Aos 18 de novembro (de 2005), se estivesse entre nós, Francisco Celestino da Silva, Seu Titico, faria 100 anos. Na última das quatro edições da Revista da Esperança, que publicamos em 97, Seu Titico foi homenageado em matéria de capa titulada “Um genial e carismático Professor Pardal”. A alusão ao personagem dos gibis de Walt Disney refletia a nossa infância, quando passávamos diante da garagem (laboratório) da Solon de Lucena, onde, sempre se encontrava Seu Titico, consertando, experimentando, criando alguma coisa; estimulando nossa imaginação.

Titico, como a mãe, dona Ana Maria de Jesus, chamava o menino Francisco, assistia o pai Joaquim consertando instrumentos musicais. Aos cinco tocava seu primeiro instrumento. De tão pequeno, viam-se mãos, harmônio e pés. Mas brincava de pião, de castanha e soltava coruja.

Sanfona, violino, violão e o seu “buzinofone” eram tocados por Titico, seja nas serestas do “Lira de Ouro”, em missas, casamentos e no Cine São Francisco. Como aprendeu tudo isso? Foi autodidata, tendo recebido o estímulo de Padre Zé Borges para aprender as letras. Ao ensinar algo era comparado a um professor, pela riqueza de detalhes. Que seria seu Lampadinha, senão a convivência e a curiosidade?!

Como os gênios do Renascimento, Titico Celestino fez de tudo um pouco. Aos 13 anos construiu um carro de madeira. Era carpinteiro, marceneiro, pintor e eletricista. Consertou armas, foi ourives, relojoeiro, Depois de um acidente em passeio ao então distrito de Areal, transforma um Chevrolet 28 em caminhonete. Consertou o primeiro rádio que chegou a cidade e muitos outros depois. Não dava para esperar um técnico, a época.

Católico, na década de 50 integrava a Escola Cantório Sagrado Coração, com Hilda Batista. Dirigiu o coro da matriz de Nossa Senhora do Bom Conselho e compôs de sambas a valsas. Orador, ele foi um dos fundadores do antigo “Esperança Club” e do Centro Social Lítero-Recreativo, que se tornaria Centro Artístico-Operário e Beneficente de Esperança (CAOBE), chegando a ser vice-prefeito de Joaquim Virgolino (55 a 59).

Vaidoso, sempre gostou de perfumes fortes e brilhantina Superfix. O chapéu de palha dura, a bengala e o par de óculos, à moda da elite econômica e cultural com quem convivia, era seu traje típico, incluindo terno completo.

Casado com Juliana Taveira desde 29, conhecida como “mãe da pobreza”, eles receberam em sua residência todas as camadas sociais, destacando-se os padres amigos Palmeira e Borges, mas também os foliões da cidade, que chegaram a tomar mais de 100 litros de licor no Carnaval 73.

Em 1974 alunos do professor Nino Pereira fazem a primeira biografia de Seu Titico. 11 anos depois, nas comemorações dos 60 anos da Cidade, um tabloide comemorativo traz homenagem titulada “Titico: Um sorridente e feliz cidadão esperancense”. Em 94, depois de nos deixar naquele janeiro último, a família recebe a biografia feita pelos estudantes e, o jornal O Norte publica “Coisas da minha terra: música, alegria e luz”, dando a Paraíba o conhecimento sobre Seu Titico, através das palavras de Mª Violeta Pessoa. Aos 70 anos de Esperança, 1995, o mensário Novo Tempo registra homenagem a Seu Titico com uma caricatura legendada.

Relendo a publicação da Revista da Esperança para sintetizar aqui parte da vida deste esperancense centenário, não poderia deixar de terminar com a lembrança do cinema como cine-teatro, palco de shows de artistas nacionais e das apresentações dos grupos de teatro escolar e amadores que tivemos, bem como de citar Seu Titico como um exemplo a ser utilizado por professores e pais para os filhos e estudantes.

Como se não bastasse tudo que já foi dito, os 60 anos do presépio que manteve na sala da casa, há 15 sem ser desmontado, é uma herança para toda a nossa comunidade que, hoje, vive os 80 anos de emancipação política.

Contar um pouco da vida de Titico Celestino é contar muito da história de Esperança. Ler algo mais talvez seja interessante. Porisso sugiro o Livro do Município (Livro 6, Mobral, set 1985), Esperança e Sua Gente (Inácio Gonçalves, 1994), 50 Anos de Futebol Etc. (Francisco Cláudio, 1994) e a Revista da Esperança (4ª Edição, out-dez 1997).
Original de 2005, pela passagem dos 80 anos de Esperança. 
LEIA TAMBÉM: C49-184 | A-2 Titico Celestino: O genial e carismático Professor Pardal.

2011..........................................
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31DEZ Patrimônio cultural da cidade, símbolo de tradição, que teve em Seu Titico um grande motivador.
FOTO&TRATO: Evaldo Brasil.
2023..........................................
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07AGO O esperancense se torna "patrono cultural de Esperança" do edital 001, da Lei Paulo Gustavo, no município de Esperança.
FONTE: PME, via Site Oficial. TRATO: Evaldo Brasil.
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SAIBA MAIS
PREFEITURA MUNICIPAL DE ESPERANÇA/PB


segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Artigo | Cultura & Arte | EGQP*

TRATO 2023

2008........................................

Síntese de uma estória sem começo nem fim

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1924 Poeta Silvino Olavo em foto de formatura.
ACERVO: Família. REPRODUÇÃO: Jovino Brandão. TRATO: Evaldo Brasil.

Por Evaldo Brasil** - *“Esperança foi grande quando pequena”. Esta afirmação atribuída a Silvino Olavo pelo professor Nino Pereira vem a calhar para falar dos aspectos culturais de Esperança. Como a grande maioria das cidades brasileiras, não tem e nunca teve um plano de ação cultural. Portanto, circularemos entre o pouco que temos e o que já tivemos, passeando nos campos da história e da saudade. 
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2007 Mensário Oficial Nº 395, Capa, Fevereiro.
SEÇÃO I | ATOS DO PODER EXECUTIVO | NOTÍCIAS

O teatro mantém uma relação íntima com a escola, onde participar de um “drama” organizado pela professora foi motivo de orgulho, principalmente se for em grupo de catequese, montando peças bíblicas, caso em que preconceitos não vêm à tona. Por isso, hoje, a “Paixão de Cristo”. Mas, a professora areiense Donatila Lemos de Melo, por volta de 1953, deu os primeiros passos na dramaturgia local. Ela selecionava entre alunos os mais desenvoltos, de melhor dicção e expressividade para, com eles, montar textos dela. Normalmente de caráter didático-instrutivo, prezava pela evocação dos tipos brasileiros. A exemplo das peças “Os Livros”, “A Princesa Herdeira” e “As Estações do Ano”, cujo principal palco foi o Cine São Francisco, o cinema de Seu Titico. Hoje, a paixão é no Campestre. 

Outra professora, Hosana Lopes Martins, foi responsável por momentos marcantes e apresentações nas cidades vizinhas. Suas peças, quase sempre, tinham como pano de fundo passagens bíblicas, quando mais distantes ainda tratavam na temática religiosa, como a “Aparição de Na. Sra. de Fátima”, trabalhando mensagens altruístas. Das diversas turmas de “pequenas estrelas de Dona Hosana” podemos citar: Ângela Souto, Benigna Consolato, Dalvina Ferreira, Elba, Magna e Norma Coelho, Fátima e Paula Fracinete Meira, Herbert Spencer, José R. F. Filho (Zezito), Lourdinha Mateus, Lúcia Luna, Moema Nóbrega, Rosany Araes, Socorro Acioli e Socorro Pequeno. 
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1981 Registro colorizado artificialmente dos ensaios do SHAFMAC. 
ACERVO: Ziu Cavalcanti. TRATO: Evaldo Brasil.

Entre 75 e 83 a professora Doracy Araújo realizava esquetes em sala de aula, o que virou moda, permitindo o surgimento de pelo menos dois grupos na cidade: SHAFMAC e Grutames, Grupo de Teatro Amador de Esperança. Deste, a primeira montagem foi “A Prostituta”, de Jacinto Barbosa. Composto por Gorete Delgado José Wanderlei e outros estudantes do Colégio Estadual. Eles assumiram a responsabilidade de tocar adiante a dramaturgia local, conquistando prêmios, por oito anos. O grupo montou “Elvira Deixou Lembrança” e “Agouro de um Retirante”, também de Jacintão; “A Cena Está Pronta”, de Clóvis Batista; e “O Grito”, de Adjalmir Alves Rocha. 

Em 1977 “Agouro de um Retirante” foi premiada pela Sec. de Estado da Edu. e Cultura. Seis anos depois, se apresenta na gincana “Descubra a Paraíba”, conquistando primeiros lugares nas fases eliminatórias, vencendo a final em João Pessoa. A peça era “Agouro…”, revista e renomeada “Cinco Anos de Seca e Uma Paixão”, cuja remontagem tinha no elenco Ritalice T. Ribeiro, Zélia Pessoa, Roberto Cardoso e Manoel Freire. 

O SHAFMAC, trupe fundada em 12 de março de 77, tendo em seu nome as iniciais dos componentes Socorro, Hildemar, Albanete, Felipe, Manoel Cleonides e Adalberto Cavalcante, parceiro do artesão Felipe Guerra na autoria de “Escravos do Ódio” e “Fúria de um Deus”. O açude de Samuel foi palco de ensaios e cenário para fotografias. 

Apesar das iniciativas, a cidade ainda não possui um espaço adequado para os eventos teatrais. Tais grupos já não existem. A antiga Biblioteca Pública, anunciada como Centro Cultural no livreto de conclusão do segundo mandato de Luiz Martins (73/76), não possuía tal espaço, nem mesmo hoje renomeada “Centro Cultural e Biblioteca”. Os grupos ensaiavam nos auditórios do Ginásio Diocesano, do antigo Salão Paroquial, nas casas de seus membros ou ao ar livre. 

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1990 Registrada em março, essa era a placa inaugural do Centro Cultural de Esperança, espaço ocupado pela Câmara Municipal. 
FOTO&TRATO: Evaldo Brasil.

Em 09 de julho de 85, surge novo grupo, o “Panela de Barro”. Tinha o auditório do CSU à disposição, mas só conseguiu, durante três meses, ensaiar a peça “Essa Mulher é Minha”, de Raimundo Magalhães Júnior. Contudo, se sobressairia como Tupiniquim, no teatro de bonecos. Neste caso, os primeiros registros dão conta da atuação dos irmãos Idelfonso Clementino, Abdias e Francisco Raimundo de Lima. Em 68, o grupo ganha a participação dos filhos de Abdias Francisco Ferreira e Terezinha de Jesus F. de Lima. Em 83, na Gincana Cultura Descubra a Paraíba, depois de vencer as fases eliminatórias, obteve o primeiro lugar, em João Pessoa. 

Os irmãos Claudionor e Laércio Vital Pereira, após o primeiro adquirir os mamulengos de “Seu Benedito”, passam a apresentar em casa, contando com a família e amigos para botar boneco, e mais tarde, ganhariam ruas e sítios do município, sob a denominação Grupo de Teatro de Bonecos Tupiniquim. Nos anos oitenta, seja em trabalhos de formação política, pastoral ou do Projeto Rondon na cidade, atuaram de forma engajada, incomodando os dirigentes políticos da cidade. Desse período, frutificou em participações na formação de professores promovida pela UEPB, bem como na realização de oficinas de confecção de fantoches e apresentações em Picuí, Nova Palmeira, Lagoa Seca, dentre outras. Além dos irmãos, Nicola, João do PT e Mércio Araújo se engajam gradativamente. 

A partir da segunda metade dos anos 80, com a presença de esperancenses nas turmas de teatro do Dart/UFPB, o teatro local se transforma em movimento. Em 88, alunos de Eneida Agra Maracajá e outros artistas, a exemplo do empresário de circense, Ziu Cavalcanti, do antigo SHAFMAC, realizam a Semana de Arte Popular (I Semap), em junho, como pré-abertura da extensão do Festival de Inverno de Campina Grande a se realizar na cidade. A expansão do festival permanece por alguns anos, até 93, quando a relação com os poderes públicos se tornaram impraticáveis. Contudo, foram oportunidade para a cidade receber até atração internacional e nacional, como o argentino Dorrego (teatro), o baiano Salto e o paulista Cisne Negro (dança). 

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1988 Cena do espetáculo Pedidos de Casamento, apresentado pelo Grupo de Teatro Apocalipse, no Colégio Estadual, em 06/08/88. 
FOTO: Divulgação. TRATO: Evaldo Brasil. AUTOR: Altimar Pimentel.

Hoje, as performances são a marca do teatro em Esperança. Jirimum & Xiquexique, Macambira & Querindina e os “filhos e netos” dessa dupla, além de palhaços como Gasparzinho e Faísca Jackson. 

Na música, vários artistas fazem barzinho. No artesanato, as Amigas do Lar, a Casa do Artesão e a escola vinculada à UFPB permanecem na caminhada. A Casa da boneca, de Riacho Fundo, bem como o Sisal, de Massabielle ainda não receberam o apoio e notoriedade que, se não ocorrer, os levará à condição dos outros: eterno estado de amadores. E como tudo que é eterno, não tem fim e o começo parece apagado de propósito. 

*Publicado em parte na Revista Comercial de Esperança, Ano V, Dezembro 08. 
**O autor foi ator neste cenário (Panela de Barro, Tupiniquim, Semap etc.) 
SAIBA MAIS 

CULTURA: Cultura, palavra de origem latina, está definida pelo dicionarista Aurélio Buarque de Holanda por pelo menos 15 ideias. Mas, a partir da nossa compreensão, considerando o propósito temático desta publicação, selecionamos os itens que se relacionam. No 5, é “o conjunto de características humanas que não são inatas, e que se criam e se preservam ou aprimoram através da comunicação e cooperação entre indivíduos em sociedade”; e 6, que a define como “a parte ou o aspecto da vida coletiva, relacionados à produção e transmissão de conhecimentos, à criação intelectual e artística etc.” Sugiro ainda, a verificação dos itens 7 a 12. 

ORATÓRIA: Temos e tivemos contadores de história. Alguns deles estão registrados em livros sobre o município, como Francisco Rodrigues dos Santos, Francisco da Costa Braga e Maria Luiza da Conceição, além de Chico de Pitiu, Arlindo Delgado, Nino Pereira, José Régis e José Torres. Atualmente, pelo trabalho de pesquisa de alguns e pela vivência de outros, destacam-se as figuras de Vicente Simão, Pedro Feliciano, Luiz Martins, Jacinto Barbosa, João de Deus Melo, Odaildo Taveira, Hilda Batista e Inacinha Celestino. Todos aptos a contar nossa história, dando ares de pura arte. 

CARNAVAL: Essa festa é ensaio-performance, teatro de rua. Bom Porque Pode, 1927, de “Seu Tochico”, reunia operários da indústria sapateira da época. Bumba-Meu-Boi, 1962, com 150 integrantes, de João Marcolino. Seus remanescentes fazem o Arrasta Tudo, talvez o mais autêntico dos blocos carnavalescos da atualidade, também é o mais pobre e mais criativo. Os Índios, dos anos 30, de José Luiz. Escola de Samba Última Hora, 1967, de Luziete Câmara. A Escola de Samba de Papel, 1965, foi sua origem. Grupo Suassuna de Capoeira, 1980, de Jailton Santos. Hoje deu lugar a outros. 

ARQUITETURA: A cultura em Esperança também se destacaria pelo patrimônio arquitetônico, com pelo menos 20 itens, destacando-se a igreja Matriz Católica, com seus 36m desde a reforma promovida por Mons. João Honório a partir de 1938. O casarão construído por Theotonio Tertuliano da Costa, onde funcionou a Sec. Mun. de Edu. e Cultura. A Villa Santa Maria, a Caza Paroquial, as capelas, o cemitério, a Casa Grande da fazenda Bela Vista, onde vivera o poeta Silvino Olavo, a antiga sede da Cidagro, atualmente Almeida Construções; e o sobrado de Didi de Lita, na esquina da Manoel Rodrigues com a Solon de Lucena, rua onde padece uma das mais engenhosas soluções arquitetônicas da nossa cultura: a Balaustrada. 
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2017 Secretário de Comunicação, Eventos e Turismo informa revitalização da Balaustrada, em 03/08/17.
IMAGENS: Joelmir Ribeiro, via Facebook. TRATO: e-Brasil, via YouTube.

PASTORIL: Ainda ocorre, esporadicamente, a disputa entre cordões, vermelho e azul, do pastoril, uma disputa pelo título de rainha da festa, ou mesmo pelo cordão de garçonetes que mais arrecadar recursos para as obras paroquiais. A animação, de longa data, registra até apresentações de jovens da sociedade tocando jazz, bem como a participação de Celina Coelho, Corina Cabugar, Vitória Régia, Hilda Batista e Fátima Costa, coordenando o Pastoril.

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2018 A Iniciativa da ativista cultural Vitoriarégia Coelho mais uma vez acontece em nossa Festa da Padroeira, em 07/01/18. Depois da pré-estreia na noite de Natal, agora o registro da noite de abertura da festa, no adro da Matriz, com vistas para os Correios.
IMAGENS: Eniedja Fabiana, via Facebook. TRATO: Evaldo Brasil.

MÚSICA: A Filarmônica 1º de Dezembro, hoje denominada “Luiz Martins de Oliveira”, 25, na gestão Manoel Rodrigues, foi e é palco para destacar músicos como Basto de Tino, Zé Boneco, Severino Nicolau, Pedro Lúcio, Louro Passos, Titi Jesuino e Titico Celestino. Os de hoje, Angelo Rock, Karla Danniely, Junior d’Lima, Mitta Costa, Ronny; Sandro Show & Lima Jr e tantos outros ficam para a próxima edição. 

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2023 Com seu sax o pintor que também é músico é figura certa durante os carnavais, aqui registrado em 16/02/13.
FOTO&TRATO: Evaldo Brasil.

ARTESANATO: Desde 56, o Serviço de Extensão Rural da ANCAR, atual Emater, e a Escola de Agronomia do Nordeste, atual UFPB Areia, exerciam influência em diversas cidades, o que permitiu a implantação da Escola Doméstica em Esperança. Em 65, a escola passa e se denominar Centro Artesanal Rural Feminino/Carfe, ficando a partir de então subordinada à UFPB. Em 74 se torna NARF, em 79, se torna Oficina de Artesanato de Esperança. Em 84, a cidade passa a polarizar a região, sediando a Unidade de Supervisão Artesanal. Com o advento do Polonordeste, a Oficina passou a promover cursos especializados de acordo cm a demanda, a exemplo de Produção e Conservação de Alimentos. 

FORMAÇÃO: Desde a segunda metade dos anos oitenta houve um impulso na procura dos cursos oferecidos pelo Dart, Departamento de Artes da UFPB, por parte de estudantes esperancenses, resultando no aprimoramento de alguns em desenho, pintura e escultura, havendo aqueles que enveredaram pela música, seja canto ou instrumentos, além de teatro e cinema. 

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1957 Casamento Matuto no São João de 1957, que virou cartão postal em 2005, por ocasião das comemorações dos 80 Anos de Esperança.
ACERVO: masBrasil. TRATO: Evaldo Brasil.

SÃO JOÃO: Foi e continua sendo uma grande tradição. O primeiro registro que encontramos é o poema “Noite de S. João”, publicado em 24 por Silvino Olavo. Durante muito tempo, espaços como o “Irineu Joffily”, CAOBE, Campestre e diversas escolas foram palcos de grandiosas festas e quadrilhas. Além da Festa do Coco, organizada por José Luiz, havia valsa, xote e rancheira marcando os antigos festejos, bem como as comidas típicas e queima de fogos, fogueiras e o Casamento Matuto. Tudo isso também permeando os dias de São Pedro e de Santo Antonio, das adivinhações casamenteiras. Dentre os marcadores de quadrilha destacaram-se Benício Nóbrega, Antonio Coelho, Teotônio Rocha, Matias Virgolino e Ascendino Portela. Outros nomes apareceram naquele cenário, como Ednaldo Sales e Gera, contudo, com o advento dos festejos nos moldes para turista ver, realizados em Campina Grande, a cidade passou a centralizar tudo no Arraial da Esperança, em 1989, tendo a participação de quadrilhas de outras cidades, bem como bandas musicais do chamado oxente music ou forró elétrico. Ainda tem nas bandas locais Estação da Luz, Fixação e Lu Natureza suas mais constantes atrações. Foi o fim das quadrilhas de rua. Como na Festa Padroeira, barracas instaladas nas imediações do arraial, coretos, onde a festa se dá com triângulo, zabumba, pandeiro e sanfona, acompanhados de guitarra e saxofone, caracterizam a dinâmica da aculturação e da influência da indústria cultural. Nesse espaço de efervescência artístico-cultural, surgem novos artistas, a exemplo de marcadores de quadrilha como Júlio Vanderlâneo, do Grupo Cultura de Rua B-Funk; Naldo de Zezinho e a Professora Querida. As quadrilhas voltam com os Arraiás nos Bairros, iniciados pela Ban FM, sob a direção de Luciano André e incorporado pela gestão “Trabalho com Participação", de João Delfino. 

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2011 Patrimônio cultural da cidade, símbolo de tradição, em registro de 31/12/11.
FOTO&TRATO: Evaldo Brasil.

LAPINHAS: Os presépios montados em Esperança se destacam pela grandiosidade. Os já montados na Igreja Matriz ocupam uma área considerável, em torno de 3 metros de fundo por 6 de largura, ascendendo por cerca de 5 de altura, ocupando uma parede com um painel da cidade antiga de Belém. Inúmeros santinhos, animais, pedras e vegetais fazem a composição do cenário de nascimento do menino Jesus. Até 2007 a Prefeitura Municipal montou, no coreto da Praça da Cultura, um presépio com manequins. Contudo, o mais popular, desde 1945, é o da residência de Inacinha Celestino, onde iniciara com seus pais, Juliana Taveira e Francisco Titico Celestino. Ela é quem o prepara desde então, tendo contado com a colaboração da prima e irmã de criação Maria do Socorro até 97, quando esta faleceu. A cada ano registram-se inúmeros visitantes para ver a montagem em papel madeira, pintado com tonalidades que reproduzem as pedras que formam a gruta, onde é instalada a manjedoura. O ambiente, composto de estatuetas de animais, dos reis magos e anjos, é enriquecido com vegetação natural. Possui também lago feito de espelho e bela iluminação. O conjunto ocupa a antessala da casa e se encontra a cerca de um metro do chão, protegido por um delimitador de corrente. O leitor poderá apreciar essa tradição que fica na residência de Inacinha, na Balaustrada da Rua Solon de Lucena.Vale a pena.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Poema | C49-051 Esperança: 300 anos de Banabuyê | Cordel

2008........................................

(Recortes de uma história sem fim II)

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11ABR A maioria das coisas são arbitrárias e passam a ser tidas como naturais ou são oficializadas conforme interesses hegemônicos. Embora a emancipação seja de 1925 e possam aparecer registros anteriores a 1713, eis que nos convém ajustar minha versão da história ao tricentenário.
TEXTO&TRATO: Evaldo Pedro da Costa Brasil.

2013........................................
Comentário antecipado à publicação inédita de Rau Ferreira

Feliz retomada do mote em mim despertado quando da publicação do Jornal Novo Tempo, edição Especial dos 70 Anos de Esperança, quando outro historiador-por-opção relatava das suas pesquisas sobre Banabuyê/Esperança.

Dr. João de Deus Melo, sob o pseudônimo Jodeme em suas publicações, foi quem nos apontou este pequeno grande detalhe sobre a nossa terra. Teria ele encontrado os primeiros documentos nos arquivos de Laranjeiras/Alagoa Nova, de quem nos emancipamos, dando conta de 1713 como o ano do registro mais antigo já encontrado a citar nosso rincão.

O meu blogue evaldobrasil.blogspot.com**, um dos primeiros "de-vez-em-quandários" dentre os nossos diários eletrônicos, passou a apontar para que os mais sensíveis a isto pudessem engrossar a corrente em prol da nossa memória. Assim como o fez quanto aos 80 anos do Grupo Irineu Joffily, o pesquisador Rau Ferreira, que, então mostrou-se baluarte destas causas e certamente produziu mais sobre a escola da infância de Esperança do que aqueles que a fazem nos últimos 30 anos.

Era 80 anos de Esperança e nós, mais uma vez envolvidos em oferecer para o consumo coletivo este produto chamado memória, fomos curador do museu temporário comemorativo, nada mais que uma coleta, tratamento e exposição de registros materiais, simbólicos e imagéticos do nosso povo, afinal a história do lugar é feita por sua gente. Na ocasião, uma produtora foi contratada e fez documento-memória oficial em vídeo com Luiz Martins. Até hoje não sei quantas cópias, sei que alguns cinco anos depois alguém mo repassa em pendrive! Nós, uma série de Cartões Postais com 08 e um extra, especialmente dedicado ao Presépio de Inacinha Celestino.

Então nos 81 anos, produzimos o documentário "de Deus, de Esperança", tendo o fato do aniversariante João de Deus Melo ser a espinha merecedora dorsal dele. Vieram dar carne a este trabalho os não menos conhecedores Nino Pereira, Vicente Simão e Luiz Martins e as senhoras Professora Lelê Diniz, Vitoriarégia Coelho e Inacinha Celestino. Foram 40 cópias oficiais e outras tantas até hoje reproduzidas por Valdy Lins aos interessados.

Todos esses trabalhos merecem uma publicação específica a respeito, mas fica o registro do apoio encontrado no comércio local, sempre acatando os bons argumentos de Mércio Esperança Araújo Silva.

Jacinto Barbosa, jornalista de saudosa memória, Inácio Gonçalves e o próprio Rau Ferreira nos brindariam com trabalhos sobre Esperança, sua gente e suas instituições, com e sem apoio oficial. Eu, com as barbas de molho, passei a assistir de camarote e a insistir de pé de ouvido.

Esperança recrudesceu ou sou eu em versão latina?

**Em 2020 passamos ao domínio Esperança Reeditada, com três blogues unificados (.com). A partir de então a quantidade de postagens e títulos, bem como a possibilidade de redefinição de datas alterou números, datas etc de relatos, comentários e notas.

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